São Francisco

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A OBRA ANTONIANA (3ª Parte)


Seu modo de escrever os Sermões nada tem a ver com os escritos deixados pelo fundador da Ordem dos Frades Menores e nem com os relatos deixados por aqueles que acompanharam o nascer do ideal de vida franciscano. Quem buscar ali a ingênua expressão franciscana das origens ficaria desiludido e irritado. Contudo, a natureza franciscana está presente, traduzida em termos bíblico-patrísticos, em um latim matizado e refinado, em uma expressão lacônica, passional e de muita imaginação.[1]
Palpita dentro dos Sermões uma grande paixão pela penitência, quer dizer, a conversão, para a existência evangélica, de uma vida vã e maléfica. Descobrimos a predileção pelos humildes, os pobres, os simples, os marginais, pela salvação daqueles a que o frade português se entregou completamente. Está presente o ardor pela incessante e radical reforma da Igreja e de seus pastores, expressada em uma linguagem veemente, indignado, às vezes candente, outras desolado. Dentro da obra encontra-se também um sentimento de ternura a Jesus menino e crucificado. No artigo Cristocentrismo no pensamento Antoniano o historiador português João Mário Soalheiro Costa[2] afirma que “Cristo afigura-se, com efeito, como horizonte de compreensão e chave hermenêutica do discurso antoniano. Certamente que não é a única perspectiva de análise, mas é indelevelmente a que marca a inteligibilidade dos Sermões.”
Observamos ali o desejo da perfeição cristã, da separação das velhas e falsas realidades terrenas, do amor pela Virgem da pobreza, a nostalgia pelo céu. A forma resulta então em ampla divida da tradição cultural da Igreja, enquanto os conteúdos estão vitalmente impregnados de sensibilidade franciscana, aquela primavera espiritual da qual Antônio foi um dos maiores protagonistas.
Porém ao nos debruçarmos nos relatos sobre o movimento franciscano do primeiro século e ao lermos os Sermões podemos observar que graças à difusão dos estudos sagrados, implementou-se uma profunda transformação nos menores, com conseqüências imprevisíveis e também revolucionárias para a completa fraternidade e para o ideal originário do movimento seráfico.[3] De uma corrente espontânea caracterizada por uma absoluta sensibilidade e pobreza, os menores se converteram, com o passar dos anos, mantendo a preocupação de não renegar as pegadas primitivas impressas por Francisco, numa corporação de doutos, uma expressão entre as mais importantes da “inteligência” do medievo ocidental. Nesta transformação, através de nossa análise podemos constatar que, Antônio foi o pioneiro, contribuindo com toda a riqueza da sua formação monástica agostiniana e com a preocupação na preparação intelectual dos membros do que mais tarde ficará conhecido pelos teóricos como “Escola Franciscana.”




[1] CAEIRO, F. da Gama. Santo Antônio de Lisboa. Introdução a Obra Antoniana, Lisboa: Casa da Moeda, 1968.
[2] COSTA, João Mário Soalheiro. Cristocentrismo no pensamento antoniano. In:___. Congresso Internacional Pensamento e Testemunho: 8º Centenário do Nascimento de Santo Antônio. Atas... Braga: Universidade Católica Portuguesa, 1996.


[3] http/www.mwnsageirosdesantoantonio.com.it.

sábado, 26 de outubro de 2013

I Mostra de Cinema de Madureira - Adiada

Minha participação nesse evento foi adiada para o dia 16/11. Espero que todos os que tinham a intenção de participar, possam fazê-lo nesse dia. Espero todos lá! Paz e bem!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

A OBRA ANTONIANA (2ª Parte)


Santo Antônio prega aos peixes, mais sensíveis que os heréticos, escola de Girolamo Tessari, 1518

                      Santo Antônio prega aos peixes, mais sensíveis que os heréticos. 
                                         Escola de Girolamo Tessari, 1518

Esta obra tem como alicerce, assim como praticamente toda a produção de Antônio, a Bíblia que, para ele, era a produtora da “verdadeira ciência”, que é comentada nos sermões tendo como ferramenta principal os escritos dos Santos Padres. Além de ser a base para a construção do discurso de Antônio, as Sagradas Escrituras foram a fonte de inspiração do teólogo para a criação de alegorias que elucidaram a necessidade da prática das virtudes que se constituíam, para ele, de suma importância para o fortalecimento da Igreja e da salvação.
Com a incidência e a maneira que o frade utiliza as passagens bíblicas, ao vermos a estrutura dos Sermões concordamos com Zavalloni,[1] quando afirma que a linguagem acentuadamente bíblica de Antônio, obedecia a recomendação de Francisco da necessidade de manter-se vivo nos discípulos o espírito de oração e de devoção.
O sermão, nos tempos de Antônio, é um gênero literário bastante usado. Inclui-se neste gênero o castigatio clericorum que reflete as severas proibições dirigidas ao clero, e que são muito freqüentes na obra de Antônio. No sermão escrito, a castigatio tinha como fim pastoral tanto a formação do clero, para que os estudantes escapassem dos vícios, como à correção dos clérigos em idade madura, já que os Sermões, ao ser material de estudo, podiam passar pelas mãos de qualquer categoria de clérigos, desde os de funções mais humildes até os de grande responsabilidade, ou seja, os prelados.[2]
Dentro do aspecto literário dos Sermões, temos ainda as exposições doutrinais, o modo de se expressar de Antônio, os comentários escriturais, as anedotas, as orações conclusivas, o discurso direto com o leitor, as fórmulas introdutórias e a língua latina.[3]
O próprio frade demonstra ser um grande conhecedor do aspecto literário do Sermão, quando desaprova a conduta dos melindrosos, que mesmo lendo muito, jamais chegam à verdadeira ciência. Antônio diz que: “retira de um livro o que lhe faz falta e coloca-o na colméia de tua memória”[4].
Em seus Sermões Antônio fala da fé e dos bons costumes. O frade ensina a pastoral aos pregadores: como devem ensinar aos fiéis a doutrina do evangelho, como devem administrar os sacramentos, sobre tudo a penitência e a eucaristia. Ao fazer isto, recorre a ordem, a persuasão, ao ensinamento e também a uma forte repreensão. Com freqüência uniu o ensino a repreensão. Primeiro ensina quais devem ser os costumes dos sacerdotes e dos prelados, por tanto expõe quais são estes na realidade e depois questiona àqueles que mesmo conhecedores dos erros cometidos continuam a praticar tais mazelas. Desta forma, sempre depois da exposição dos deveres, segue a desaprovação dos vícios. Não podemos precisar se Antônio se referia a fatos ou a pessoas isoladas, porém, o que podemos constatar é que suas palavras são severas e precisas.
Em muitas oportunidades, Antônio se dirige diretamente aos leitores e ouvintes, tentando persuadi-los, uma vez que esta obra é oferecida aos pregadores. Um bom exemplo está no primeiro Sermão do segundo Domingo da Quaresma, em sua segunda parte do número cinco “Aqui a escada está posta. Então, por que não sobem? Por que continuam?...”.
Com certa freqüência Antônio trata de assuntos relacionados à sociedade civil e à eclesiástica. Na sociedade civil existe uma distinção veemente das diferentes classes de pessoas: estão o imperador, o rei, os militares, os burgueses ou cidadãos; estão os maiores e os menores, os ricos poderosos e os pobres; estão os mercadores, legistas ou decretistas.
Santo Antônio, Ambrose Benson, catedral de Segovia

Na Igreja aparecem os prelados e seus súditos, ou seja, os bispos e seus fiéis; os justos, ou seja, os fiéis praticantes, os hereges e os cismáticos; os falsos cristãos e os simoníacos. Junto aos fiéis se encontram depois os sarracenos e os judeus. Os fiéis eram segundo sua forma de vida: eremitas, monásticos, penitentes; ou: clérigos, religiosos e seculares. Os fiéis, enquanto penitentes, ou seja, seculares e em razão da vida que praticavam eram: contemplativos, pregadores ou de vida ativa.
O franciscano formula juízos sobre estas duas sociedades, a civil e a eclesiástica, porém sempre em relação com os costumes, e seu juízo sobre a situação do seu tempo é de severa condenação: “os costumes são depravados!,”[5] tanto entre os maiores como entre os menores, na sociedade civil, tanto entre os clérigos como entre os laicos, na Igreja; tanto entre os clérigos como entre os religiosos, em suma em toda a sociedade eclesiástica.




[1] ZAVALLONI, Roberto. Op. cit.
[2] MARQUES, Bernardino Fernando da Costa. O Prólogo aos Sermões Dominicais de Santo Antônio de Lisboa. In: AAVV. Congresso Internacional Pensamento e testemunho. Atas.... Braga: UCP/FFP, 1996. P. 477-484
[3] Idem.
[4] MACEDO, Jorge Borges de. Os Sermões de Santo Antônio. Porto: Lello & Irmão, 1983.
[5]  Idem.

domingo, 6 de outubro de 2013

I Mostra de Cinema de Madureira – A Idade Média



Inscrições já estão disponíveis no SIA
I Mostra de Cinema de Madureira – A Idade Média

Todas as atividades no Auditório

Programação:

O Fim da Idade Média e o Poder Papal
Exibição do Filme: “O Conclave” (The Conclave, Chirstoph Schrewe, 2006), seguida de debate sobre as relações de poder estabelecidas entre o papado e as lideranças políticas.
Debatedor: Prof. Guilherme Marinho (Mestrando do PPGHC-UFRJ)
Dia: 19/10/13
Horário: 10:30 - 13:00
Local: Universidade Estácio de Sá – Campus Madureira - Est. do Portela, 222, Madureira Shopping - Pisos 5, 6 e 7 - Madureira
Promoção: Programa de Estudos Medievais – PEM
Universidade Estácio de Sá – UNESA

Santidade Feminina no Início da Idade Moderna
Exibição do Filme: “Teresa, o corpo de Cristo” (Teresa, el cuerpo de Cristo, Ray Coriga, 2007), seguida de debate sobre santidade e gênero.
Debatedor: Prof. Me. Guilherme Antunes Júnior (Doutorando do PPGHC-UFRJ)
Dia: 19/10/13
Horário: 14:00 - 16:30
Local: Universidade Estácio de Sá – Campus Madureira - Est. do Portela, 222, Madureira Shopping - Pisos 5, 6 e 7 - Madureira
Promoção: Programa de Estudos Medievais – PEM
Universidade Estácio de Sá – UNESA

Relações entre Vida Religiosa e Autoridade Eclesiástica
Exibição do Filme: “Irmão Sol, Irmã Lua” (Fratello sole, sorella luna, Franco Zeffirelli, 1972), seguida de debate sobre a vida se São Francisco e sua relação com o papado quando da formação da ordem franciscana.
Debatedor: Prof. Me. Jefferson Eduardo dos Santos Machado (Doutorando do PPGHC-UFRJ)
Dia: 26/10/13
Horário: 10:30 - 13:00
Local: Universidade Estácio de Sá – Campus Madureira - Est. do Portela, 222, Madureira Shopping - Pisos 5, 6 e 7 - Madureira
Promoção: Programa de Estudos Medievais – PEM
Universidade Estácio de Sá – UNESA

Idade Média com Humor: um olhar diferente sobre as lendas arturianas
Exibição do Filme: “Monty Python em busca do Cálice Sagrado” (Monty Python and the Holy Grail, Terry Gillian; Terry Jones, 1975), seguida de debate sobre lendas arthurianas e suas (re)leituras contemporâneas.
Debatedora: Prof.ª Vanessa Gonçalves Paiva (Mestranda PPGHC-UFRJ)
Dia: 26/10/13
Horário: 14:00 - 16:30
Local: Universidade Estácio de Sá – Campus Madureira - Est. do Portela, 222, Madureira Shopping - Pisos 5, 6 e 7 - Madureira
Promoção: Programa de Estudos Medievais – PEM
Universidade Estácio de Sá – UNESA

Sermões: A Obra Antoniana (1ª Parte)


Os Sermões Dominicais e Festivos são uma obra composta de duas partes distintas, a primeira os Sermões Dominicais somam 53 sermões e foram escritos em Pádua durante o triênio em que frei Antônio foi Ministro Provincial do norte da Itália (1227 – 1230). A estes estão agregados mais quatro sermões para as festas marianas, que estão colocados logo após o sermão para o décimo segundo domingo depois de Pentecostes. A partir do fim de 1230, o frade iniciou a confecção dos sermões festivos que foram escritos até o agravamento de sua doença que o levou ao encerramento de sua vida em 1231. Segundo o site www.mensageirosdesantoantonio.com.it, Antônio escreveu estes sermões a partir das ordens de Rainaldo de Jenne, Cardeal de Óstia, que viria a se tornar o papa Alessandro IV. Contudo sua saúde só o permitiu escrever vinte sermões, indo até a festa de São Paulo, que ocorre no dia 30 de junho.
Além do pedido do Cardeal, frei Antônio nos informa no Prólogo da sua obra que fora esta produzida “para a honra de Deus, edificação das almas e consolação tanto dos leitores como dos ouvintes, e que a tal fora compelido pelos rogos e caridade dos seus confrades”.
Com a autorização de Francisco para o ensino de Teologia na Ordem e a criação entre o ano de 1223 e 1224 da escola de teologia dos menores em Bolonha, Antônio passou a ser o protagonista da maior evolução intelectual da Ordem dos frades menores,[1] que deixaram de ser simples pregadores itinerantes que repetiam versículos e impressionavam pelo exemplo, uma vez que andavam maltrapilhos e a mercê das intempéries, passando a ser grandes pregadores e destacados intelectuais.
Os Sermões antonianos não foram exatamente escritos da maneira como eram proferidos à população[2], na verdade estes sermões eram a continuidade das aulas que o frade ministrava aos novos freis pregadores para torná-los oradores sacros mais eficientes em sua missão tratando-se também, segundo Francisco da Gama Caeiro, em alguns casos, de resumos de pregações feitas aos fiéis[3].
Para Roberto Zavalloni[4] Antônio era um mestre da Escolástica e contribuiu para o crescimento de tal ciência. O teórico justifica esta afirmação assegurando que os Sermões em alguns trechos seguem o método positivo especulativo de Pedro Lombardo considerado mestre da primeira fase da Escolástica. Porém o que constatamos é que Antônio não faz parte do grupo de grandes luminares desta escola, porém ele é um dos preparadores deste período através do ensino do método que viria a ser o dominante na teologia medieval. Assim como Zavalloni Caeiro afirma que os Sermões possuem dois aspectos, o escolástico e o pastoral.
Assim como os dois autores citados, acreditamos que a obra antoniana possui este viés escolástico, já que refletia o método usado no ensino e na formação dos freis, ensino este baseado no mistério dos sacramentos e da pregação que depois seus alunos exerceriam entre os fiéis. Pastoral porque exigia uma pregação próxima aos fiéis, isto é nas ruas e praças, em todos os lugares e não somente dentro das Igrejas e Catedrais.
Ao elaborar seus Sermões, Antônio segue uma determinada ordem. Primeiro expõe o texto sagrado, normalmente extraído da liturgia da palavra obedecendo ao ciclo temporal ou a festividade celebrada, segundo o sentido literal e as diferentes aplicações espirituais: alegórica, moral e mística. Que de acordo com Fernando da Costa Bernardino Marques, em sua obra O Prólogo aos Sermões Dominicais de Santo Antônio de Lisboa, constitui o tema no sermonário medievo. Em seguida, articula o Sermão propriamente dito, que se compõe do prólogo, da exposição do tema e do epílogo, todo concebido como instrumento para expor a doutrina e exortar aos ouvintes para aplicá-la na vida. Depois segue o uso que se faz da Bíblia na liturgia; oferece a oportunidade de comentar em cada sermão nada menos do que quatro argumentos, tomados da Bíblia: uma narração do Antigo Testamento proposta pelo oficio divino, o intróito, a epístola e o Evangelho tomados da missa dominical. Desta maneira, no transcurso de um ano, tratava-se de praticamente toda a Sagrada Escritura.[5]





[1] HARDICK, Lothar. Santo Antônio: Vida e Doutrina. Petrópolis: Vozes, 1991.
[2] CAEIRO, F. da Gama. Santo Antônio de Lisboa. Introdução a Obra Antoniana, Lisboa: Casa da Moeda, 1968.
[3] Idem.
[4] ZAVALLONI, Roberto. Pedagogia Franciscana: Desenvolvimentos e Perspectivas. Petrópolis: Vozes, 1995.
[5] CAEIRO, F. da Gama. Op. cit.

Aula de História Geral da Índia - Índia, Paquistão e Bangladesh.


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Seminário Internacional Sobre Hagiografia Medieval











PROGRAMAÇÃO 



15/10/2013

8:30-9:30 : Credenciamento



9:30-11:30 : Conferência de Abertura: "Reflexões (Im)pertinentes sobre a Hagiografia
Medieval: a (extra)ordinária existência dos santos ibéricos!"

Prof. Dr. Mário Jorge da M. Bastos (UFF)



13:30-17:30 : Comunicações



Santidade, Hagiografia e Cidades (13:30-14:30)

1) BRUNO SOARES MIRANDA (USP)."Vidas de Santos e Peregrinação: os locais de devoção em
Portugal Medieval".

2) DIONATHAS MORENO BOENAVIDES (UFRGS). "Os mártires antes de Pedro de Verona:
hipótese sobre a relação entre escrita hagiográfica mendicante, canonização e as cidades
italianas no século XIII".

3) FELIPE AUGUSTO RIBEIRO (UFMG). "A construção da santidade cívica na Itália comunal: o
caso do culto a Ambrósio de Massa (1240-1257)

DEBATES 



Santidade e Hagiografia entre os Frades Menores (14:40-15:40)

4) GUSTAVO DA SILVA GONÇALVES (UFRGS). "Santo Antônio na Península Italiana: Questões
político-sociais na Legenda Assídua".

5) JEFFERSON EDUARDO DOS SANTOS MACHADO (PPGHC/UFRJ). "Admoestações de
Francisco de Assis: Paráfrases ou Polissemias".

6) VICTOR MARIANO CAMACHO (PPGHC/UFRJ). "A presença de símbolos da cavalaria
medieval no processo de conversão de Francisco de Assis na Vida I de Tomás de Celano".

DEBATES



Conceitos e usos do texto hagiográfico (16:00-17:00)

7) LUCAS CUNHA NUNES (UFRGS)."O conceito de hagiografia em Michel de Certeau e François
Dosse".

8) RENATO TOLEDO SILVA AMATUZZI (UEPG/Professor Ensino Básico). "Santos Taumaturgos:
a representação da cura através da hagiografia de São Cosme e Damião na Legenda áurea de
Jacopo de Varazze (século XIII)"

9) VERONICA CRUZ CERQUEIRA (UFBA). "As questões histórico-sociais nos autos
hagiográficos de Afonso Álvares".

DEBATES 



18:30-20:00 : Conferência: Entre virtudes e milagres: uma reflexão acerca dos estudos
historiográficos sobre a hagiografia no Brasil na última década.

Profa. Dra. Andréia Cristina L. Frazão da Silva (UFRJ)



16/10/2013

9:30-11:30 : Conferência: Presença da Legenda aurea e de outrass compilações
hagiograficas nas Bibliotecas e Museus de Québec.

Profa. Dra. Brenda Dunn-Lardeau (Universidade de Québec)



14:30-16:30 : Mesa-Redonda: A Legenda áurea no Brasil

Profa. Dra. Carolina Coelho Fortes (UGF)

Prof. Dr. Igor S. Teixeira (UFRGS)

Profa. Dra. Néri de Barros Almeida (UNICAMP)



17:30-19:00 : Conferência As legendas áureas: utilizadores e utilizadoras.

Profa. Dra. Barbara Fleith (Universidade de Genebra)




17/10/2013

9:30-12:30 Comunicações



Santidade, Hagiografia e Paganismo na Alta Idade Média (9:30-10:50)

10) GUSTAVO KOSZENIEWSKI ROLIM (UFRGS). "A Vita Martini de Sulpício Severo e o combate
ao paganismo".

11) JULIANA SALGADO RAFFAELI (PPGHC/UFRJ). "O eremitismo no reino visigodo de século
VII: um estudo comparado da auto-hagiografia de Valério de Bierzo e do discurso episcopal nos
concílios de Toledo e em Isidoro de Sevilha".

12) ODIR FONTOURA (PUCRS). "O saber que levou à santidade: sobre a atuação dos santos
Agostinho de Hipona e Isidoro de Sevilha na Alta Idade Média".

13) VANESSA GONÇALVES PAIVA (PPGHC/UFRJ). "A apologia cristã em Prudêncio e o ataque
ao culto pagão no Liber Peristephenon III".

DEBATES



Santidade além da hagiografia (11:00-12:20)

14) ANDRÉ AKAMINE RIBAS (UFPR). "Reescrita hagiográfica em Bizâncio: o diálogo entre o
príncipe e a donzela no Balavariani e no Barlaam e Ioasaph".

15) BÁRBARA DANTAS/RICARDO DA COSTA (UFES). "'Ao som do passarinho': O monge e o
tempo nas Cantigas de Santa Maria (século XIII)".

16) FRANCISCO DENIS MELO (UFPE/UVA). "Uma hagiografia no sertão: Luzia-homem, santa,
mulher e...homem".

17) LUIZ OTÁVIO CARNEIRO FLECK (UFRGS) . " 'Ainda que seja muito tempo depois da morte
deste homem de Deus': canonização, milagres e tempo de santidade de Tomás de Aquino".

DEBATES



14:30-16:30 : Mesa-Redonda: Ordens Mendicantes e Escrita Hagiográfica

Prof. Dr. André Luís P. Miatello (UFMG)

Prof. Dr. Ariel Guiance (IMHICIHU/CONICET)

Profa. Dra. Marcella Lopes Guimarães (UFPR)



17:00-19:00 : Cerimônia de encerramento



Local:

ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Rua Riachuelo, 1031, Centro – Porto Alegre, RS.



Contato:

Igor Teixeira

seminariohagiografia@gmail.com



Inscrições para ouvintes, até o dia 15/10/2013.

Valores:

Professores/pesquisadores: R$ 50,00
Alunos de graduação (iniciação científica): R$ 15,00
Alunos de pós-graduação (mestrado e doutorado): R$ 35,00 Profissionais da educação básica e profissionais liberais: R$ 25,00


Comissão Organizadora:

Dr. Igor S. Teixeira (UFRGS) – Coord. Geral

Dr. André Luís P. Miatello (UFMG)

Dra. Andréia Cristina L. Frazão da Silva (UFRJ)

Dra. Carolina Coelho Fortes (UGF)

Dra. Néri de Barros Almeida (UNICAMP)

Comissão científica:

Dr. Guy Phillipart de Foy (U. Namur – Bélgica)

Dr. Hilário Franco Júnior (USP)

Dr. José Rivair Macedo (UFRGS)

Dra. Marcella Lopes Guimarães (UFPR)

Dra. Monique Goullet (CNRS – França)






INFORMAÇÕES AOS AUTORES:



Os interessados em publicar os textos devem entregar, no dia de sua apresentação, uma via
impressa e um arquivo em pdf para seminariohagiografia@gmail.com.



Os textos serão avaliados pela comissão organizadora. Em caso de aprovação, seguirão para a
edição das atas.



Normas para o texto final:

Título do texto (centralizado e em negrito)

Autoria (margem direita, com nota de rodapé indicando filiação institucional, titulação,
financiamento da pesquisa e demais informações que os autores julgarem necessárias)

Máximo 10 páginas A4

Margens: 2,5 cm

Espaçamento: 1,5

Fonte: Times New Roman, 12.

Obras e documentação citadas devem constar em notas de rodapé completas, sem referências
bibliográficas ao final.