O frade franciscano português Antônio de Lisboa/Pádua, um dos santos
católicos de maior veneração no mundo, nasceu entre os anos de 1190 e 1195 em
Lisboa, onde iniciou seus estudos na escola episcopal da Sé de Lisboa e
continuou sua formação intelectual no Mosteiro de São Vicente de Fora. Esta
instituição religiosa foi fundada pelos religiosos do mosteiro mais influente
de Portugal, o de Santa Cruz de Coimbra, que pertencia a ordem dos Cônegos
Regrantes de Santo Agostinho, e onde Fernando Martins, o nome de batismo de
Antônio, concluiu sua fase de estudos em solos portugueses.
Vale citar que estes mosteiros contavam com mestres que estudaram em
Paris e possuíam bibliotecas que tinham em seu acervo obras que possibilitavam
uma formação intelectual que não ficava tão distante das que eram oferecidas
pelas primeiras instituições universitárias da Europa (CAEIRO, 1968, p.58).
Após desilusões no âmbito doutrinal e pastoral com os regrantes, o
cônego Fernando tentou encontrar um novo rumo para a sua vida religiosa ao
entrar para a nova, porém já reconhecida, Ordem dos Frades Menores, fundada por
Francisco de Assis. Este religioso italiano foi uma das figuras fundamentais na
virada que a Igreja tentava dar como resposta aos constantes ataques, oriundos
de vários grupos contestadores, as chamadas heresias, que cresciam rapidamente
por toda a cristandade e que traziam a tona todas as mazelas e falhas que eram
praticadas pelos membros da Instituição romana.
Desta forma, Antônio entrou em um movimento que se encontrava na
vanguarda da busca de uma Igreja Romana reformada a partir da própria
instituição. Assim, quando já entre os frades o português se destacou por sua
pregação, logo foi incluído entre aqueles que implementaram o trabalho de
convencimento da população em geral a favor da causa da Sé Romana contra os
Cátaros, heresia medieval que atuava no norte e sul das atuais Itália e França
respectivamente. Ao se destacar nesta função, foi convidado a ser o primeiro
mestre de Teologia dos Menores. Diante desta incumbência, fundou algumas casas
de estudo e começou, a partir do pedido de seus alunos, a escrever uma obra
intitulada Sermões que foi
estruturada como um manual para que os pregadores pudessem basear-se para
fundamentar suas pregações (PELLEGRINI, 1999, p.201).
Em sua
obra, o lisboense utiliza, constantemente, o exemplo dos animais e suas
características para demonstrar com deveria ser o comportamento dos cristãos em
geral. Esta prática muito comum entre os escritores medievais tinha como base
as obras que foram chamadas de Bestiários.
Os
Bestiários eram muito comuns na Idade Média e faziam a associação de animais,
como metáforas e símbolos, aos princípios dogmáticos e morais cristãos. Segundo
Nilda Guglielmi, é “una obra pseudocientífica moralizante sobre animales existentes
y fantasiosos" (AYERRA & GUGLIELMI, 1971, p.7). Um dos mais antigos
bestiários é o Fisiólogo, compilação
de “pseudociência”, no qual são encontradas descrições de animais, aves e até
pedras, reais e imaginários, para ilustrar aspectos do dogma e da moral cristãs
(por exemplo, o peixe e o cordeiro como símbolos de Cristo).
Sabemos que Antônio combateu firmemente as práticas contrárias ao que a Igreja
Romana esperava dos religiosos medievais. Assim, o seu maior alvo eram os componentes
do clero secular e das antigas ordens, que incitavam a população, propagando a
desconfiança e até mesmo insultando os muitos Menores e Pregadores que, com
suas pregações incisivas e com seu modo de vida afrontavam e criavam, involuntariamente,
comparações que eram desvantajosas para aqueles que há muito encontravam-se
estabelecidos nas paróquias e localidades onde ocorriam os trabalhos missionários
implementados pela Igreja no século XIII (RIGON, 1999, p.295).
Neste trabalho procuraremos entender, através das características
imputadas ao animal imaginário basilisco no Sermão do Sexto Domingo Depois da
Festa de Pentecostes, tendo como parâmetro de análise a comparação com o que
nos informam os Bestiários Medievais, quais eram os problemas enfrentados pelos
religiosos que haviam sido colocados em missão pelo papado, através das exempla citadas por frei Antônio.
Esta comunicação faz parte de uma pesquisa maior vinculada ao Projeto
Hagiografia e História: um estudo comparativo da santidade, desenvolvida junto
ao Programa de Estudos Medievais (PEM), que tem como meta nos auxiliar nas
pesquisas de elaboração de nossa Dissertação de mestrado junto ao Programa de
Pós-Graduação em História Comparada(PPGHC) da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ).
Em
nossa análise utilizamos a versão bilingüe latim/português dos Sermões traduzida e organizada por
Henrique Pinto Rema, e utilizaremos, a fim de podermos observar a visão
medieval sobre o basilisco como símbolo, a obra Bestiário Medieval, uma
coletânea de trechos de bestiários medievais, que foi compilada e traduzido
para o espanhol por Ignacio Malaxecheverria.
O sermão objeto de nossas reflexões cita o basilisco para ensinar
princípios cristãos. O frade divide o texto em quatro partes principais. Na
primeira, que chama de Exórdio, procura orientar aos prelados e pregadores da
Igreja Romana quanto à importância da prática da justiça, tendo como base os
ensinamentos bíblicos, principalmente para que a pregação sobre a salvação das
almas seja feita de forma coerente.
Na
segunda parte ele continua sua admoestação aos religiosos, chamando-os a serem
verdadeiros penitentes, afastando-se da soberba e fazendo valer o significado
do batismo, principalmente como um processo de purificação espiritual. Neste
trecho prega ainda sobre a maior importância que deve ser dada aos bens
espirituais para que se alcançasse verdadeiramente o Reino de Deus.
A terceira
parte do sermão, denominada Sermão contra
os iracundos, trata da besta a qual vamos nos ater na comunicação.
E na
quarta parte, o frade deteve-se na necessidade do cristão penitenciar-se e
buscar a devoção a fim de que não se torne um pecador. Transformando este trecho
em uma espécie de manual para a purificação do homem que quer buscar a Deus.
Em
nossa pesquisa constatamos, por muitas vezes, que quando em sua obra os religiosos
são admoestados, normalmente, o frade lança mão de palavras muito duras. Neste
sermão não é diferente e logo em seu inicio Antônio afirma que,
Ai, quantos religiosos há hoje que clamam ainda no
deserto, na Religião ou no claustro (...). Desde amanhã até o meio-dia, clamam,
dizendo: Baal,[1]
ouve-nos. Que é clamar a Baal senão desejar ser superior? Mas não há voz que
responda à sua vontade. De novo clamam mais forte. Clamar é desejar. (...) No
tempo de Elias, os profetas de Baal clamavam e não eram ouvidos. Nos nossos
tempos, porém, clamam e são ouvidos. São postos em grau superior, para que a
queda seja mais grave. Antes era a voz humilde, o hábito grosseiro, o ventre
encolhido, a face pálida, a oração em público assídua. Agora, porém, falam alto
com ameaças; caminham de capa e de fíbula; andam de barriga proeminente, de
face rubicunda; bem dormidos sem qualquer oração.
Aqui fica clara a crítica às ordens mais antigas, inclusive a dos
cônegos regrantes, da qual o pregador se desligou para ser um frade Menor. Esta
clareza vem do fato de que estes, assim como os Regrantes e as Ordens mais
antigas, acabavam abandonando o projeto inicial e não conservam os ares primaveris
de suas fundações. Uma vez que, quando criadas, representavam o ideal de
pobreza e humildade praticadas para se buscar a vivência radical do Evangelho.
Porém, o que se vê no Século XIII são instituições que buscavam evangelizar
mais pela força do que pelo exemplo e vivência da mensagem cristã.
Para explicar o porque da diferença entre os profetas de baal e os religiosos de seu tempo, quanto ao
atendimento de seus clamores, Antônio afirma que os antigos profetas não eram
atendidos, porém o clero medieval era atendido pois, ao clamar, não chamavam a
Baal, mas sim a Deus, que é o mesmo Javé de Elias, que os escutava, mas no
intuito de dar-lhes uma lição. Desta forma, o frade afirmava que ao chegar ao
topo a queda destes religiosos iria ser muito mais desastrosa e também pedagógica,
uma vez que serviria de exemplo aos outros cristãos.
Para nós, apesar de Antônio não utilizar, de forma explicita, o termo
religioso em seu sermão, ao mencionar, de forma metafórica, a besta conhecida
como basilisco, o frade queria atacar membros do alto clero.
A besta
citada por frei Antônio poderia ser qualquer poderoso da época, leigo ou
clérigo, porém defendemos que ele se refere a um bispo, já que os poderes descritos
pelo frade só poderiam ser exercidos por
um líder religioso poderoso, que tirava proveito de sua condição para usurpar
toda a população a qual deveria pastorear. Chegamos a essa conclusão, principalmente
diante desta afirmativa feita pelo frade: “corrompe até a própria atmosfera, ou
seja, a vida dos religiosos; põe no céu da boca, e a língua passa-a para a
terra. Também as serpentes, isto é, os amigos e companheiros, conhecedores de
sua malícia, têm horror do seu sibilo”.
No
trecho acima, quando o frei afirma que este poderoso “corrompe até a própria
atmosfera”, esclarece que com suas atitudes o religioso prejudicava a própria
instituição. E que mesmo aqueles religiosos, que eram seus parceiros de
irregularidades e que se aproveitam de tal poder, tinham medo dele.
Para os bestiários, este animal é uma criatura estranha que “nace del huevo
de un gallo”, como afirma o bestiário
de Pierre de Beauvais editado por P. Cahier.[2]
Este ovo era colocado quando esta ave completava sete anos e já não conseguia
cruzar com as galinhas.
Para a postura deste ovo, que não tinha casca, mas contava simplesmente
com a proteção de uma película, o galo fazia um buraco que seria seu ninho e
ficava vários dias indo e voltando do local onde o depositara. O sapo ficava
atento a estes movimentos e logo depois do ovo ser colocado ia correndo para
chocá-lo.
Quando já havia sido chocado por tempo suficiente, o filhote de
basilisco rompia a película protetora e mostrava toda a sua estranha aparência.
Assim como muitas outras bestas medievais, este era uma mescla de criaturas
diferentes. Tal animal tinha a crista, os olhos, as patas e o peito de galo e o
restante do corpo semelhante ao das serpentes.
Após o nascimento, como ainda era filhote, o basilisco escondia-se em
uma gruta ou cisterna, pois se fosse visto pelos homens, estes dariam cabo do
monstro, porém se a besta avistasse primeiro o ser humano, esta se
transformaria em seu algoz.
Segundo o bestiiis et allis rebus,
este ser imaginário “es el rey de las serpientes”. Isto quer dizer que ele
era o maior entre os demônios, uma vez que as serpentes simbolizavam o diabo.
Até estas tinham medo do poder deste animal, pois qualquer ser que fosse
mordido ou tocado pela criatura, morria.[3]
Quanto ao ser humano este só podia ser morto pelo monstro através de seu
veneno. Para o bestiário PB, tal substância era ejaculada a partir de seus
olhos, de tal forma que era arremessada como labaredas de um lança chamas,
fazendo com que tudo o que fosse atingido por este jato acabasse queimado.
Segundo os Bestiários, o basilisco possuía uma linda cor e era manchado
de branco, uma vez que Deus havia de fazer alguma coisa para remediar tamanho
perigo que vinha da fera.
Além do homem, o único animal que poderia dar fim ao monstro era a
doninha, que os homens colocavam nas tocas onde moravam as bestas que quando
voltavam eram atacadas e morriam.
Frei Antônio, no Sermão do Sexto Domingo Depois de Pentecostes, cita
algumas características do basilisco:
Nota que o basilísco é um
réptil do comprimento de meio pé, e representa perigo singular sobre a terra.
Com seu sopro extingue ervas, dá cabo das árvores, mata e incendeia os animais,
etc. Corrompe até a própria a atmosfera, de modo que nem mesmo no ar ave alguma
voa impune, infectado como está com o seu sopro pestilencial. As serpentes têm
horror do seu sibilo, e ao fugirem cada qual corre por onde quer que pode. A
fera não come nada do que seja morto pela sua mordedura. A ave não lhe toca. É
vencido, todavia, pelas doninhas, que os homens metem nos buracos, onde ele se
oculta.
Ao mostrar as características de uma pessoa poderosa a qual ele não
informa nem o nome, nem a região que vive e nem qual seria sua função social, o
frade lança mão do exemplo do “rei das serpentes” e diz que:
(...) pelo veneno da iracûndia, extingue
com o sopro da sua malícia as ervas, isto é, os pobres; dá cabo das árvores, ou
seja, dos ricos, mercadores e usurários deste século; mata e incendeia os
animais, que são os seus domésticos; corrompe até a própria atmosfera, ou seja,
a vida dos religiosos; põe no céu da boca, e a língua passa-a para a terra.
Também as serpentes, isto é, os amigos e companheiros, conhecedores de sua
malícia, têm horror do seu sibilo. Quando se lhe inflama a ira, cada um
precipita-se em fuga, correndo a esconder-se em qualquer lugar, mesmo que seja
um curral de porcos. Este senhor tão fero, tão ignorante de si mesmo e inflamado
pelo espírito diabólico, é vencido pelas doninhas, que são os pobrezinhos de
espírito. Não o temem, porque nada têm a perder. Os homens onerados pela terra
da pecúnia, não ousando aproximar-se dali, metem-nos nos buracos onde este fero
se esconde. Falai-lhe, vós, dizem, porque nós não temos coragem.
Podemos
observar, a partir desta narração, que um homem letrado como o menorita
lisboense, fez uma transposição direta e sem nenhuma filtragem dos Bestiários
para os seus Sermones. Vemos, também,
que ele não se preocupou em nenhum momento em tratar o animal como uma espécie
imaginária. Esta característica da opera
antoniana nos possibilita afirmar que para um homem como ele, que estudou com
mestres formados em Paris e conviveu com vários intelectuais em Bolonha, a
citação de uma besta como esta era algo normal, que fazia parte do seu
cotidiano.
A partir de uma leitura superficial e sem nos atentarmos
para o período no qual os bestiários foram escritos e compilados, poderíamos
concluir que estes tinham como publico alvo os iletrados da sociedade.
Porém,
se tomarmos frei Antônio de Lisboa/Pádua como membro do grupo daqueles que
possuíam acesso aos estudos durante o medievo, constataremos que tais modelos
de narrações maravilhosas não eram construídas somente para orientar àqueles
que não estudavam, mas a todos os homens e mulheres que tivessem acesso tanto
aos escritos, às pinturas, às esculturas ou às narrativas orais, como deveria acontecer
nas pregações dos franciscanos.
Desta
forma, entendemos que estas obras, direta ou indiretamente, quando eram
utilizadas como exempla nas
pregações, faziam parte da didática, inclusive nos estabelecimentos de ensino
onde os medievais preparavam-se intelectualmente e não tinham como público alvo
os ignorantes e sem instrução e sim todos os habitantes da Europa Medieval.
No caso
dos franciscanos, esta narrativa estará presente na obra na qual estamos nos
debruçando, que de certa forma terá papel fundamental nos primeiros tempos dos
estudos dos menores. Não podemos perder de vista que o frade português foi o
principal mestre para os franciscanos que implementaram o trabalho de combate
aos cátaros e que esta pregação foi usada, inclusive, para dissuadir bispos e
demais autoridades eclesiásticas que não zelavam por um modo de vida exemplar dentro
do que a instituição entendia como correta.
Segundo
Antônio, até as figuras mais odiadas da época tinham medo de tal monstro, porém
somente os “pobrezinhos de espírito” eram capazes de destruir tal autoridade,
pois pregavam uma reforma dos costumes e eram enviados do papado, o que davam a
eles uma força tremenda.
Inclusive
quando ele diz que o poderoso, tal como o basilisco, “corrompe até a própria
atmosfera, ou seja, a vida dos religiosos, põe no céu da boca, e a língua passa-a
para a terra”, podemos entender que esta figura prega e sua palavra, que
parecia vir do céu, era ratificada pelos religiosos corrompidos, que a
transmitiam para toda a população, como se fosse a lei.
As
doninhas, ou seja, os religiosos humildes que neste caso podemos entender como os
grupos de Irmãos Menores, que estão sendo utilizados pelo papado para corrigir
os excessos de algumas autoridades eclesiásticas, entravam nas tocas destas bestas
e as atacavam. Iam em suas comunidades e em suas paróquias e apoiados por
aqueles que entendiam que era necessária uma mudança no modo de vida destas,
apoiavam ainda dos pequenos, pois sabiam que suas vozes não seriam ouvidas por
ninguém.
Constatamos,
através desta citação, que o clima entre os franciscanos e as autoridades
eclesiásticas de alto escalão, nos locais onde se pregava a reforma eclesiástica
através da promoção dos cânones aprovados pelo Lateranense IV, não transcorria
tranquilamente, já que podiam ser atacados e pressionados pelas autoridades
religiosas locais, muitas vezes de forma violenta.
Desta
forma entendemos que alguém, bispo ou arcebispo, não tinha uma conduta exemplar
e dominava a região através do medo e para o povo em geral a única saída era a
força que os menores tinham em sua pregação e em seu exemplo. Principalmente,
quando o autor afirma que, ao serem “postos em grau superior” suas vozes, que anteriormente eram
humildes, passam a alterar-se e adquirem um tom de ameaça.
Na
tarefa de reformar a postura dos eclesiásticos estabelecidos a muito tempo nas
regiões onde os franciscanos foram mandados para missão, podemos constatar que
o frade português lançou mão dos Bestiários Medievais ao descrever e construir
uma analogia a partir do basilisco.
O que
Antônio queria combater em seu sermão era a postura violenta e dominadora das
autoridades eclesiásticas de algumas regiões, que além de serem tiranas, não
atentavam para as orientações da Sé Romana, constantes principalmente nos cânones
do IV Concílio de Latrão. Quando os frades adentravam algumas localidades e
paróquias portando a autorização papal, para que fossem recebidos pelos
prelados e pudessem pregar, tornavam-se os únicos capazes de condenar e
denunciar a estas autoridades, sem sofrer sansão oficial. O que não quer dizer
que não fossem hostilizados.
Vemos
que quando fala do basilisco, frei Antônio procura mostrar que as autoridades
espirituais locais com as suas práticas não poderiam representar a voz de Deus
e sim a do Diabo. Como tudo que esta besta tocava, mordia e tinha contato
morria ou contaminava aos outros, estes eram os responsáveis pela crise e
ataque dos grupos contestatórios da qual a Igreja era vítima nestas localidades.
Desta
forma ele conclamou aos prelados e pregadores a que ensinassem a “ciência da
doutrina”, corrigissem aos que tinham seus governo eclesiástico baseado no
terror, fossem mansos e misericordiosos e mantivessem fortes os vínculos da
disciplina. Tal apelo tinha como objetivo principal tornar os membros da Igreja
Romana pessoas com as quais os fiéis pudessem encontrar “aquela abundante
justiça, a que se refere o Senhor no Evangelho”.
Referências
Bibliográficas:
CAEIRO, F. da Gama. Santo Antônio de Lisboa. Introdução a Obra
Antoniana. Lisboa: Casa da Moeda, 1968.
MALAXECHEVERRIA, Ignacio. Bestiário Medieval. Madrid: Edições Siruela, 1986.
PELLEGRINI, Luigi. Los Cuadros y Tiempos de la Expansion de
la Ordem. In: Francisco de Asís y el
primer siglo de historia franciscana. Oñati: Editorial Franciscana
Arantzazu, 1999. p. 194-205.
REMA, Henrique
Pinto. Santo Antônio: Obras Completas.
Porto: Lello & Irmão, 1987.
RIGON, Antonio. Hermanos Menoresy Sociedades Locales. In: Francisco de Asís y el primer siglo de
historia franciscana. Oñati: Editorial Franciscana Arantzazu, 1999. p.
289-300.
[1] Do hebr. = senhor. Nome frequente dado às divindades
nas regiões sírio-fenícias nos tempos do AT, ligado geralmente a um lugar de
que Baal era dono, p.ex., “Baal-Fegor”. Tais divindades constituíam tentação
forte para os Hebreus quando ocuparam a Palestina, pelo que foram fortemente
combatidas pelos profetas de Israel, especialmente por Elias (2Rs 18). Consulta
feita ao site www.agencia.ecclesia. pt/catolicopedia.
[2] De acordo com Ignacio Malaxecheberría, “Pierre de Beauvais, ou Pierre le
Picard, como lo llama el P. Cahier, fue probablemente clérigo, y gozo de la
protección de dos miembros, al menos, de la família de Dreux: Felipe, obispo de
Beauvais, impulsor de las letras em su corte episcopal, y su Hermano Roberto.
Este bestiário cierra, em todo caso, la serie de los “bestiarios franceses
tradicionales”; no tendrá mas continuación que el Bestiaire d’amour de RF, impregnado ya de espíritu laico. Para la
vesión corta, sigo la adaptación de Bianciotto, más fiable que la edición
Mermier; para la versión larga, solo existe la vieja edición del P. Cahier”.
[3] Segundo Ignacio Malaxecheberría, “de bestiis
et aliis rebus es uma compilación híbrida reeditada em la Patrologia latina hace más de um siglo.
Los cuatro libros que comprende la obra fuerom respectivamente atribuídos por
los benedictinos a Hugo de Folieto (Aviarium,
o libro I), Enrique de Gante y Guillelmus Peraldus (III y IV). Pero la
segunda parte ha sido erroneamente atribuída a Hugo de Saint Victor, y la
autoria sigue siendo problemática”.
O que acharam do texto? Há interesse nesse tipo de assunto?
ResponderExcluirprofessor, aqui em porto alegre assistimos um filme ; antonio guerreiro de deus, fala da ordem gregoriana e da ordem franciscana e o encontro com
ResponderExcluirfrancisco de assis.
ambos, grandes menssageiros de deus. fraterno abraço.
Querido Eli, muito obrigado pelo seu interesse! Antônio foi Agostiniano, o que o influenciou muito em sua vida religiosa. Apesar de acatar as obrigatoriedades dos frades de forma quase que absoluta sua visão de mundo era a partir da ótica agostiniana! Paz e bem!
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